Não precisa revelar-se
nenhuma só gota ao olho
Para dele vir o pranto
Umedecer-se do lamento aplacável
Da lágrima de um amor
Desola mais que o evidenciar de um choro
Pena não conseguires ver-me
Pois sob esse invólucro felpudo estou
Sufocado no desatino de amar
Esse sentimento tão desprovido do cultivo teu
Nessas horas mortas percorro à beira-mar
O trilho crebro de areias frias
Do ar gélido e nocivo à vida
Tens em mim a bonança de um amante
Tenho em ti no latíbulo de minh'alma
A beatitude de um amor que se faz
Mansidão e júbilo, inditoso e em cabal contento
Este rio corre plácido levando-me só
Eis então a inconcebível questão da vida
O amor jamais verá seu reflexo mutual,
pois dele há de beber um só.
nenhuma só gota ao olho
Para dele vir o pranto
Umedecer-se do lamento aplacável
Da lágrima de um amor
Desola mais que o evidenciar de um choro
Pena não conseguires ver-me
Pois sob esse invólucro felpudo estou
Sufocado no desatino de amar
Esse sentimento tão desprovido do cultivo teu
Nessas horas mortas percorro à beira-mar
O trilho crebro de areias frias
Do ar gélido e nocivo à vida
Tens em mim a bonança de um amante
Tenho em ti no latíbulo de minh'alma
A beatitude de um amor que se faz
Mansidão e júbilo, inditoso e em cabal contento
Este rio corre plácido levando-me só
Eis então a inconcebível questão da vida
O amor jamais verá seu reflexo mutual,
pois dele há de beber um só.
Mas sábio é o poeta que reconhece o lamento da dor mais doloroso que a própria dor.
- Fhelipe Viegas
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