Às vezes ela apenas vem
Sem anunciar ou insinuar sua chegada
Ela, a tristeza, senta-se ao meu lado
Serve-me um trago de seu plasma
Procura, em meu olhar, seu reflexo
Nada diz sobre a razão de se estar
É intrusa, e peleja fazer-se minha
Às vezes, sorrir, às vezes, chora
Um choro que, às vezes, creio belo
Em horas-mortas, bebe do licor que sou
Gosto de ser sua maior obsessão
Gosto do bálsamo que diz ter
Talvez ela é apenas imaginação
Talvez ela é tão somente minha
Mas, por nada dizer, acostumo-me a tê-la
Tê-la como minha fiel amiga
- Fhelipe Viegas
Nenhum comentário:
Postar um comentário