Não te surpreendas, se, por acaso, eu vier a matar-te,
Não te precipites a pensar que de amor não padeci,
Pois deste-me um amor ardente em cólera
Pois deste-me um amor ardente em cólera
Mesmo sendo tu o prana do meu amor em frenesi.
Viveste na boêmia dos bares da Aurora,
Procuraste luxúria até onde pudeste resistir,
Procuraste luxúria até onde pudeste resistir,
Testando o quão magnânimo é o meu amor,
Disseram-me, até, que outro te puseste a sentir.
Tencionando atenuar a acidez do nosso estupor,
Quais outras desculpas, a mim, hão de vir?
Para encobertar, outra vez, teu nada intrépido amor,
Quais mentiras, engenhosamente, te porás a urdir?Quais?
- Fhelipe Viegas