grayboy

24 de dezembro de 2019

Por quê?

No sono da cidade, minha insônia
Um errante pelas ruas gélidas da madrugada
O silêncio lascivo que me obriga a buscar
Buscar a boêmia dos prazeres
Das bagas caldosas da volúpia
Das tentações noturnas
Do olhar voluptuoso da jovem guarda
Tempos ruins esses
Que tua rejeição me fez passar
Grossas lágrimas caem de mim e do céu
Mas agora devo tombar mais um gole seco para se fazer molhar
Pois provérbios 31: 6-7 está aqui
para você e para mim
Deus compreende perfeita e piedosamente o epicurismo instalado em nós .
É você o culpado dos meus lábios convulsos
umedecidos pelo mar morto derramado pelas lacrimais em soluços
Foi você. É você. Sempre será você
o cais no deserto que se esvai ao aqui tentá-lo ter.
Mas por quê?


-
Fhelipe Viegas

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