Vi a vida perder a graça ao passo que os parquinhos perderam a sua
Inaugurei a perda quando senti,
Demasiadamente senti que você havia me perdido
Perdido do seu pensar
Pensar que Recife e Pureza eram um só lugar
Lugar quimérico onde o Capibaribe e o Paraíba do Sul se emendariam
Desaguando no mar de um exímio amor
Que da dor é complacente
E do oblívio é fiel desertor
Inaugurei a perda quando senti,
Demasiadamente senti que você havia me perdido
Perdido do seu pensar
Pensar que Recife e Pureza eram um só lugar
Lugar quimérico onde o Capibaribe e o Paraíba do Sul se emendariam
Desaguando no mar de um exímio amor
Que da dor é complacente
E do oblívio é fiel desertor
Mas se nem esse poema métrica tem,
cujas linhas traçaram-se por mim,
Haveria de ter uma história de amor
Ferida à distância do olvido de um amor carmim?
Haveria de ter uma história de amor
Ferida à distância do olvido de um amor carmim?
Se nosso amor a ti foi quimérico
Saibas que a mim lídimos foram seus contornos
Se o somaste a seu conjunto numérico
Saibas que te sacarei todos meus adornos
Desvelando-me um ébrio amante
Num amor errante que teme o temor
Que padece na prazente dor
Do vão sentimento de amar o amor
Mas não o amante,
Que o operacionaliza,
Que o mistifica e o engabela nas mechas do amor
Um amor que é mar, vasto, vazio de sorte
Para no fim ver que tudo caminha tão somente para morte.
- Fhelipe Viegas